Ser resiliente é ser capaz de superar adversidades da vida bem como sair fortalecido após situações muito difíceis. Existem algumas características internas (temperamento) e externas (sociais) das pessoas que servem de suporte e apoio para que tenham condutas mais resistentes diante das adversidades. Trata-se de conhecer a dor, perceber o sentido desta e conseguir resolver os problemas envolvidos de forma tolerante e construtiva. Esta situação pode ser resumida a um estado de espírito muito flexível na forma como se lida com as circunstâncias.
Entendo que os pilares da resiliência são compostos dos seguintes pontos, baseando-se no modelo teórico de Ojeda (1997) e Melillo (2008):
- Introspecção: capacidade de analisar internamente os fatos e os sentimentos, trazendo uma resposta honesta ao utilizar experiências passadas;
- Independência: lidar com situações problemáticas, buscando soluções com distância emocional e física, sem se isolar do meio, balanceando o pessoal com o social;
- Relacionamento: estabelecer rede de apoio que engloba amigos, relação no trabalho, na escola, criando laços afetivos e equilibrando necessidades de afeto;
- Iniciativa: buscar os próprios desejos e metas, independente dos pais, explorando as próprias capacidades e, com criatividade, superar erros;
- Humor: capacidade de encontrar o cômico em situações adversas;
- Criatividade: criar algo novo a partir de experiências passadas, criar ordem e beleza onde há caos, produzindo arte com imaginação;
- Moralidade: distinguir o bom do mau dentro da família e estender a toda humanidade, balanceado desejos com regras da sociedade, sem prejudicar outras pessoas;
- Autoestima: é traduzida numa personalidade forte capaz de sobreviver às adversidades
- Capacidade de pensamento crítico: verificação da consistência e da realidade dos acontecimentos
Claramente existem 2 questões centrais para uma auto-avaliação da resiliência que são as características estruturais e a forma de interagir com o ambiente. Pessoas resilientes apresentam pensamentos e crenças de confiança e de controle em relação aos recursos internos (conhecimentos e emoções) e uma filosofia de viver que traz a responsabilidade para si mesmo e esperança de que vai solucionar situações de forma satisfatória.